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domingo, 7 de março de 2010

Contos de Cícero - Primeiro dia de Aula

O celular tocou. Cícero já não sabia se era a terceira ou quarta vez que apertava o botão da soneca para prolongar seu sono, o que na realidade não acontecia, pois nunca conseguia voltar a dormir. Até hoje ele não sabia por que sempre fazia isso, pois acabava sempre se atrasando pra escola.
Era uma quinta-feira, em semana de carnaval, era o primeiro dia de aula, e nenhum aluno estava realmente disposto a voltar às aulas, principalmente, às aulas. Mas como toda a galera tinha combinado de ir no primeiro dia, ele estava indo, mas é claro, com a condição de que todos faltassem na sexta-feira.

--Ô Cícero!-- alguém chamou alto do portão. Cícero soube na hora que se tratava de Cézar, forçando uma voz mais grossa. Cézar morava entre a escola e a casa de Cícero, quatro quadras de cada. Ele acordava bem mais cedo, mas voltava até a casa do amigo para depois irem juntos para a escola, onde quase sempre chegavam atrasados. É, amigos são pra essas coisas também.
Cícero se trocou, lavou o rosto e escovou os dentes rapidamente, não quis tomar o café-da-manhã, tomar leite logo cedo não lhe caia bem. Rumou para a saída e quando estava abrindo a porta a voz de sua mãe o interrompeu.

--Não vai levar seu material, filho?-- É incrível como as mães tem um faro pra esse tipo de coisa.
--Hoje não precisa, mãe!--Disse Cícero, apesar de saber que alguns professores insistem em dar atividades no primeiro dia de aula, nada lhe tirava da cabeça que no primeiro dia não se devia fazer nada.

--Desculpa cara, vamos chegar atrasados-- Disse Cícero dando um tapa na mão de Cézar. O amigo deu uma risada --E desde quando você liga pra isso?

Os dois chegaram na escola alguns segundos antes do zelador trancar os portões, mas é claro, no primeiro dia de aula os portões fecham mais tarde, logo, não tinham muito o que comemorar. Foram em direção a sua sala, que segundo um cartaz na parede da cantina, agora se encontrava no segundo andar, sala 15.

--Entrem logo, o que estão esperando?--Disse Célia, a professora de geografia, ao ver os dois garotos parados ao lado da porta da sala.-- Como eu estava dizendo, ela salvou a vida da Primeira Dama!
A profª Célia já era uma velha conhecida de Cícero, ela passava a maior parte de sua aula falando de sua filha unica, dizem que isso começou quando esta conseguiu entrar em medicina em uma das melhores universidade do país. Cícero não a conhecia, a unica coisa que ele sabia, é que hoje, ela era uma cardiologista respeitada.

Cícero se sentou na penúltima carteira da fileira do meio e Cézar ao seu lado direito. A classe parecia não ter mudado em nada. Nas primeiras carteiras à esquerda estavam Julia, Naty e seu grupo, as meninas mais inteligentes da sala, atrás delas, o povo do fundão, com Laor e Daví liderando a bagunça, à direita estavam a galera do esporte, faziam parte do time de Vôley e futsal da escola, era quase um circulo em volta do casal Mára e Fabinho, capitões dos respectivos times. O resto era a Galera Imparcial, que, ou não falavam com ninguém ou falavam com todos, o que era o caso de Cícero.
Nada parecia estar diferente, mas mesmo assim parecia faltar algo.

--Você ficou sabendo que a Marina mudou de cidade?--Disse Cézar virando-se para Cícero.
--Sério, cara?--Perguntou Cícero espantado, e de repente tinha se lembrado do que faltava. Era tão óbvio agora. Mas antes que a idéia tomasse seus pensamentos, uma voz macia que vinha da porta o chamou a atenção.

--Com licença professora.-- Disse Marina, colocando seus belos cabelos castanhos atrás da orelha. Cézar caiu na gargalhada.
--Seu Palhaço!--Disse Cícero, meio envergonhado, mais caindo na risada também.


E ai Gente, dando continuidade a história do Menino, espero que vcs gostem!!

[Agradeço a Forga(Jéssica) e a Miojo(Bruna) que me ajudaram na edição do texto xD]

Té mais!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Contos de Cícero - Apresentação

"Era mais um dia ensolarado de março, o céu azul e sem nuvens contrastava com o temporal que fizera nos dias anteriores:
--O tempo tá meio doido duns tempos pra cá, né mesmo?--Disse a velha dona Olga para Cícero, ela usava a sua costumeira camisola amarela com pequenos ursinhos estampados, estava segurando uma vassoura caipira já toda descabelada--Ah, no meu tempo era diferente, era um tempo muito melhor para se viver!
--Não duvido--disse Cícero abafando uma risada, tentava imaginar o quão antigo era esse tempo--Até amanhã dona Olga!--E saiu correndo pela rua, sem dar muita atenção aos carros que passavam buzinando.

Mas talvez estejamos sendo precipitados, pois ainda nem ao menos sabemos quem é Cícero.
Cícero Couto Chiorini tem 14 anos, uma pele morena que vem de seu pai, Carlos, e cabelos ondulados e macios que recebeu de sua mãe, Carolina. Como vocês puderam perceber, C é uma letra que vem perseguindo o garoto em toda a sua vida, na escola, estava cursando a 8ª série C, o que combinava bastante com a maioria de suas notas e com seu melhor amigo, Cézar.Tinha uma tartaruga que se chamava Cacau, um cachorro chamado Conan e morava na rua Cristovam Colombo, n° 600. Ok, ok, seiscentos não começa com C, mais tem o mesmo som não é mesmo? Talvez a unica coisa que não trazia o c consigo era Marina, uma linda menina de olhos cor de mel que estudava com ele desde a 1ª série, e esse M pra ele, fazia toda diferença."

Bom gente, essa foi apenas a apresentação, vamos esperar e ver como as histórias de Cícero se desenrolam.

Té mais!